segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

“Caso João Roberto Amorim”’

No dia 06 de julho de 2008, a advogada Alessandra Soares voltava da casa de uma tia com os filhos de 3 anos e o outro de apenas 9 meses.
Alessandra dirigia um Palio Weekend cinza, rumo a sua residência na Tijuca, Zona Norte do Rio Janeiro, a poucos metros de chegar em casa, o carro foi alvejado por 17 tiros que partiram da arma do cabo da Polícia Militar William de Paula e do soldado Elias da Cosa Neto. O carro da advogada teria sido confundido com outro veículo que a viatura estaria perseguindo minutos antes. Três tiros atingiram João Roberto Amorim de apenas 3 anos, o menino foi socorrido, mas teve morte cerebral confirmada na tarde do dia seguinte, a família teve ainda a iniciativa de doar os órgãos do garoto, entretanto por causa dos ferimentos apenas as córneas de João Roberto puderam ser doadas.
Câmeras de segurança de um edifício próximo registraram o Fiat Stilo preto, que seria o veículo que a polícia perseguia, passando em alta velocidade, logo depois aparece o carro de Alessandra encostando para dar passagem à viatura, mas os policiais pararam o carro. E desferiram 17 tiros contra o automóvel em que estava João Roberto, os policiais alegam que houve confronto e que os tiros terem acertado o carro em que estava a família foi uma fatalidade, as imagens do circuito de TV mostram que não houve nenhum tiroteio o carro com os bandidos passou em alta velocidade e sumiu do vídeo.
 Os policiais foram julgados e absolvidos da acusação de homicídio duplamente qualificado (uso de arma de fogo e sem possibilidade de defesa da vitima), os pais do garoto João Roberto se disseram chocados com a Justiça de nosso país.
Em um país onde a violência tem níveis assustadores, nós dependemos desses homens e mulheres para nos proteger todos os dias, mas ações desastrosas como esta e tantas outras que vemos nos noticiários todos os dias, nos apavoram muito mais que os dados da violência em nossas grandes cidades, nosso país não investe no preparo da polícia eles saem da Academia, com uma arma na mão sabendo apenas atirar. Policial não tem o direito de matar, ele pode e deve usar sua arma se estiver em confronto com bandidos ou se ele atirar em sua própria defesa, infelizmente, se ninguém se importar em cobrar do Governo que se instrua melhor nossos policiais, outros inocentes pagaram com a vida, pela imperícia e o total despreparo dos agentes do Estado.

Blogueiros da Informação SP

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